A estratégia da Altice Portugal tem sido, ao longo dos anos, de investimento forte e continuado na inovação tecnológica – e, ao contrário do que se possa pensar, não se limita ao setor das telecomunicações. Porém, a aposta histórica do grupo no desenvolvimento destas infraestruturas ajudou a colocar Portugal na linha da frente na Europa no que à cobertura diz respeito. O país dispõe de “cobertura de fibra ótica em 91% das casas dos portugueses”, uma clara vantagem face à média europeia que se fixa atualmente “em 56%”. “Ao nível daquilo que são as infraestruturas físicas tecnológicas, Portugal está mais bem posicionado do que a maior parte dos outros países a nível europeu”, congratulou-se Ana Figueiredo durante a cerimónia do Altice International Innovation Award.
A líder assegura que estes números – a que se junta ainda uma cobertura de 93% de redes de alta capacidade – têm “contribuído de forma decisiva para o processo de transformação tecnológica” do país. Mas mais do que isso, estes investimentos servem como uma fundação crucial para alavancar o ecossistema de inovação que permite, aponta Ana Figueiredo, “promover a competitividade de Portugal”.
“No desenvolvimento desta estratégia, consideramos essencial a criação de um ecossistema favorável ao desenvolvimento e ao funcionamento destes hubs tecnológicos e também, como não podia deixar de ser, a captação de investimento alavancado na simplificação administrativa e regulatória, na retenção de competências e talento”, sublinha.
Para isso, é fundamental continuar a aprofundar um relacionamento próximo entre “a academia e os centros de investigação”, bem como com as startups, num “ecossistema que também se quer empreendedor”. À Sábado, Ana Figueiredo reconhece que o sucesso da Altice Labs, o braço armado do grupo que está focado na inovação, se deve a uma “trilogia vencedora”: a ligação entre academia, empresas e o ecossistema de startups. “É na academia que se desenvolve o conhecimento, que se desenvolve a excelência que, depois, pode ser aplicada em contexto empresarial ou em contexto industrial”, reitera.
Sejam audazes, sejam valentes, sejam ousados e, sobretudo, sejam inovadores em tudo o que fazem na promoção da competitividade das vossas empresas e ideias.
Ana Figueiredo, CEO da Altice Portugal
Mais de 500 mil euros para disrupção
Ana Figueiredo é clara a apontar a importância de iniciativas como o Altice International Innovation Award no investimento de novas ideias que tenham por base a tecnologia e recorda o histórico dos galardões que comemoraram, em 2023, sete anos de vida. “Estes prémios visam fundamentalmente premiar e apoiar iniciativas de base tecnológica ao nível da inclusão digital e da acessibilidade, também ao nível da procura das melhores soluções para problemas da sociedade e das empresas”, diz.
Ao longo das sete edições, foram recebidas mais de 600 candidaturas de empreendedores portugueses e estrangeiros que resultaram em 17 projetos vencedores, “totalizando um investimento superior a meio milhão de euros”. Este ano, as propostas apresentadas ao júri baseiam-se “nas mais recentes e inovadoras tecnologias, como a inteligência artificial, o machine learning, a realidade aumentada, o 5G e a internet das coisas”.
Tal como disse aos vencedores nas quatro categorias a concurso – Inclui, Startup, Academia e o galardão especial, em parceria com a Agência Nacional de Inovação, Born to Knowledge -, Ana Figueiredo deixou um apelo à audiência. “Sejam audazes, sejam valentes, sejam ousados e, sobretudo, sejam inovadores em tudo o que fazem na promoção da competitividade das vossas empresas e ideias”.